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Queda dos juros bancários oferece alívio aos brasileiros!

Os recentes dados indicam uma redução dos juros médios dos bancos, trazendo esperança para os brasileiros.
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Pelo terceiro mês consecutivo, observou-se uma queda na taxa média de juros das concessões de crédito livre, que caiu de 43,8% para 43,5% ao ano em agosto, representando uma diminuição de 0,3 ponto percentual (pp) no mês.

No entanto, ao longo de 12 meses, houve um aumento de três pontos percentuais nos juros médios, de acordo com as informações divulgadas pelo Banco Central. No que diz respeito às novas concessões para empresas, a taxa média de crédito livre ficou em 22,6% ao ano, mostrando uma redução de 0,4 pp no mês.

O BC aponta que essa redução reflete a diminuição observada nas principais modalidades de crédito, representando uma queda de 0,1 pp em 12 meses. Em relação às concessões para famílias, a taxa média de juros livres atingiu 57,7% ao ano, com uma diminuição de 0,6 pp no mês e um aumento de 3,7 pp em 12 meses.

Tendência dos juros básicos

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As taxas de juros bancários estão em declínio, alinhadas à expectativa de redução na taxa básica de juros da economia, a Selic, mantida em 12,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). A Selic é crucial para conter a inflação.

Apesar de um aumento na inflação na segunda metade do ano, devido ao impacto nos preços de alimentos, energia e combustíveis, o BC cortou os juros pela segunda vez no semestre, e novos cortes de 0,5 ponto percentual são esperados nas próximas reuniões do Copom.

Antes disso, o Copom elevou a Selic 12 vezes seguidas, iniciando um ciclo de aperto monetário em março de 2021, quando a taxa estava em 2% ao ano. O objetivo era estimular a produção e o consumo após a contração econômica causada pela pandemia de COVID-19.

Agora, a previsão é que a Selic termine o ano em 11,75%, refletindo na redução das taxas de captação de recursos livres dos bancos, que atingiram 11,2% em agosto. Isso tem impulsionado a redução das taxas de juros para pessoas físicas e empresas, promovendo o crescimento econômico.

Cenário dos cartões de crédito

Para pessoas físicas, as taxas do cartão de crédito registraram uma redução média de 0,4 pp no mês, mas um aumento de 13,8 pp em 12 meses, atingindo 101,5% ao ano. O crédito rotativo continua em alta, com um aumento de 4,4 pontos percentuais em agosto e de 46,1 pp em 12 meses, chegando a 445,7% ao ano.

O rotativo é uma das modalidades mais caras do mercado, e o Banco Central está avaliando o fim do crédito rotativo do cartão de crédito. A Câmara dos Deputados aprovou um projeto que limita os juros do crédito rotativo.

De acordo com o texto, as empresas emissoras de cartões terão 90 dias após a aprovação e publicação da lei para enviar uma proposta de regulamentação ao Conselho Monetário Nacional, definindo um limite para os juros. Caso contrário, os juros não poderão exceder o valor original da dívida, ou seja, 100% ao invés dos mais de 400% ao ano atualmente cobrados.

O projeto está em tramitação no Senado Federal. Após 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida. No caso de parcelamento do cartão, os juros caíram 3,7 pp no mês e aumentaram 7,7 pp em 12 meses, chegando a 194,5% ao ano.

Novas concessões

A manutenção prolongada dos juros altos, em decorrência do aperto monetário, e a desaceleração econômica impactaram o crédito bancário, especialmente para as famílias. No último mês, as concessões de crédito aumentaram em 8% para pessoas físicas e 11,2% para empresas.

O volume total de empréstimos concedidos pelos bancos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) atingiu R$ 5,523 trilhões em agosto, crescendo 1,1% em relação a julho. Esse aumento reflete o crescimento de 0,9% no saldo de empréstimos para pessoas jurídicas (R$ 2,163 trilhões) e de 1,3% para pessoas físicas (R$ 3,360 trilhões).

O crédito total aumentou 8,9% em agosto em comparação com o ano anterior, mantendo a tendência de desaceleração desde meados de 2022. Os estoques de crédito para pessoas jurídicas e físicas registraram aumentos de 5,1% e 11,5%, respectivamente, com estabilidade nas operações com pessoas jurídicas e desaceleração nas operações com pessoas físicas.

Indicadores de endividamento

De acordo com o Banco Central, a inadimplência, considerando atrasos superiores a 90 dias, permaneceu estável, oscilando levemente, registrando 3,6% em agosto. Para as operações de pessoas físicas, está em 4,1%, e para pessoas jurídicas, em 2,7%.

O endividamento das famílias, em relação ao saldo das dívidas e à renda acumulada em 12 meses, alcançou 47,8% em julho, diminuindo 0,4 pp no mês e 2,3% em 12 meses. Excluindo o financiamento imobiliário, o endividamento foi de 30,2% no oitavo mês do ano.

Enquanto isso, o comprometimento da renda ficou em 27,6% em julho, com uma redução de 0,7 pp em relação ao mês anterior e um aumento de 0,3 pp em 12 meses.

Esses últimos indicadores são divulgados com defasagem maior em relação ao mês de divulgação, pois o Banco Central baseia-se nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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