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Notícia preocupa quem é MEI; Entenda! 

Você é MEI? Uma notícia recente tem preocupado esta categoria. Saiba mais!
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Uma notícia recente tem gerado preocupação entre os microempreendedores individuais (MEIs), levantando questionamentos sobre as condições de trabalho nessa modalidade. 

A situação revelada por uma pesquisa do Sebrae Minas aponta para uma realidade na qual a maioria dos MEIs trabalha longas horas diárias, sem previsão de folga e com jornadas mais extensas do que os profissionais que atuam em empresas tradicionais. Neste artigo, vamos aprofundar a análise dessa notícia, acompanhe: 

Pesquisa sobre os trabalhadores MEI aponta dados preocupantes

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O MEI, ou Microempreendedor Individual, é uma categoria empresarial criada no Brasil com o objetivo de formalizar e facilitar a vida de pequenos empreendedores. Foi estabelecida pela Lei Complementar nº 128/2008 e permite que trabalhadores autônomos, com faturamento anual de até R$ 81 mil, possam legalizar suas atividades de forma simplificada.

O MEI funciona como uma forma de registro e tributação simplificada para pequenos negócios, oferecendo uma série de vantagens e benefícios. Para se enquadrar nessa categoria, é necessário exercer uma das atividades permitidas pelo MEI, que são pré-determinadas por lei.

Em celebração aos 15 anos da categoria de Microempreendedor Individual (MEI), o Sebrae Minas divulgou uma pesquisa que traz à tona alguns dados importantes sobre esta categoria de trabalhadores. O estudo revela que a maioria dos profissionais que atuam como MEI trabalha longas horas por dia, sem previsão de folga.

Apesar de quase um quinto dos MEIs terem optado por essa modalidade devido à flexibilidade, independência e autonomia que ela oferece, os trabalhadores têm jornadas de trabalho mais extensas do que aqueles empregados em empresas convencionais.

Jornada de trabalho de quem é MEI é mais longa

A pesquisa realizada trouxe para o foco alguns dados sobre  jornada de trabalho dos microempreendedores individuais. De acordo com a pesquisa divulgada pelo Sebrae Minas, constatou-se que 67% dos microempreendedores individuais (MEIs) em Minas Gerais trabalham mais de 8 horas por dia, enquanto 69% não costumam tirar férias. 

Além disso, 34% dos entrevistados relataram trabalhar 6 dias por semana, enquanto 31% trabalham 5 dias ou menos. Laurana Viana, analista do Sebrae Minas, explicou ao jornal O Tempo que, no início de um negócio, é comum que a carga de trabalho seja mais intensa.

Apesar de a modalidade permitir a contratação de um funcionário, a maioria dos MEIs atua de forma independente, sem possibilidade de dividir as tarefas. Segundo a analista, o que contribui para uma jornada de trabalho prolongada não é necessariamente a produção, mas sim o atendimento ao público.

Portanto, é essencial que o MEI adote medidas para evitar a necessidade de atender clientes fora do horário estabelecido. A analista Viviane Soares, do Sebrae Minas, destacou em entrevista ao jornal O Tempo a dificuldade adicional enfrentada pelas mulheres empreendedoras.

Segundo ela, essas profissionais muitas vezes enfrentam o desafio de conciliar não apenas o trabalho, mas também as responsabilidades domésticas e familiares. Soares ressalta que, além de gerir seus negócios, as mulheres empreendedoras frequentemente assumem o papel de cuidar da casa e da família. Essa sobrecarga de responsabilidades pode tornar a jornada ainda mais desafiadora para elas.

Remuneração de um MEI  

De acordo com os resultados da pesquisa realizada pelo Sebrae, fica evidente que a maioria dos microempreendedores individuais (MEIs) tem a intenção de manter seus negócios nos próximos dois anos, representando 68% dos entrevistados. 

Por outro lado, apenas 6% planejam abandonar a atividade empreendedora. Esses dados demonstram a resiliência e o comprometimento desses profissionais com seus empreendimentos.

No entanto, é interessante notar que uma pesquisa conduzida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 2022 revelou que sete em cada dez autônomos no país prefeririam ser funcionários de uma empresa. 

Essa constatação pode ser reflexo dos desafios e incertezas enfrentados pelos MEIs, bem como das dificuldades em manter uma renda estável e garantir benefícios trabalhistas. Embora o faturamento máximo permitido para um MEI seja de R$ 81 mil por ano, o que corresponde a R$ 6.750,00 mensais, a realidade em Minas Gerais é diferente.

Metade desses profissionais recebe até R$ 3 mil por mês, enquanto 26% têm um faturamento superior a R$ 5 mil mensais. É importante ressaltar que, para 77% dos MEIs, o negócio empreendido é a principal fonte de renda, o que destaca a relevância desse segmento para a economia local.

Diante desses dados, é fundamental compreender os desafios enfrentados pelos MEIs e buscar soluções que possam contribuir para o desenvolvimento sustentável de seus negócios, garantindo uma melhor qualidade de vida e segurança financeira para esses empreendedores.

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